sábado, 24 de abril de 2010

Ata 03/10 – Reunião 20/03/2010
(Montagem: acadêmica e bolsista Daiane Rossi)
Aos vinte dias do mês de abril do ano de dois mil e dez, se reuniram na Sala 806, prédio 17, do conjunto III do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), os integrantes do Grupo de Estudo: “Memória e Patrimônio: Casos e Descasos”, do Curso de História. Neste encontro foram debatidas, através de uma exposição dialogada por meios multimídia, as Cartas de Preservação do Patrimônio, constantes na obra “Metodologia aplicada em museus” (SANTOS, 2000). Primeiramente a acadêmica Ane Caroline apresentou a Carta de Atenas (1931), aprovada no 4º. Congresso Internacional de Arquitetura Moderna – CIAM – realizado em Atenas, na Grécia. De maneira abrangente, a acadêmica efetuou uma explanação dos processos de tombamento e, atualizando a questão em âmbito nacional, na década de 1930, abordaram-se os tombamentos, sendo os primeiros bens tombados no Brasil, a núcleo histórico da cidade de Ouro Preto (MG) e as ruínas das Missões Jesuíticas (RS), estando estes adequados a Carta supracitada. Como reafirmação desta primeira carta, o acadêmico Renato relatou a respeito da Carta de Veneza (1964), resultado do II Congresso Internacional de Arquitetos e de Técnicos em Monumentos Históricos, ressaltando que a restauração de monumentos históricos não deve ser feita antes de um estudo e acompanhamento de historiadores, restauradores, arquitetos e museólogos acerca do contexto, bem como não pode haver substituição de peças nos locais tombados. Sua colega de apresentação - Ivone de Freitas Feltrin - não esteve presente à reunião. Daniela apresentou a Carta de Florença (1982) elaborada pelo Comitê Internacional de Jardins Históricos. Os Jardins Históricos são considerados “Museus Vivos”, entendido como monumento relativo à natureza e ao homem. Como tal, os elementos contidos nele possuem uma ação documental e política museal de conservação, preservação, inventário, registro, restauro e constituição deste acervo, a céu aberto. Para isto, há o envolvimento de botânicos, historiadores e pesquisadores. No Brasil, foram tombados os jardins do Museu Imperial de Petrópolis (RJ). Daiane e Tamiris falaram sobre a Carta de Petrópolis (1987), gerada no 1º Seminário Brasileiro para Preservação e Revitalização de Centros Históricos. Tal carta relata os Sítios Históricos Urbanos (SHU), sendo privilegiadas as paisagens naturais e construídas e a vivência dos habitantes, em um espaço de valores produzidos no passado e no presente com todos estes elementos em constante transformação. Para que haja sua preservação é preciso que exista uma parceria entre comunidade e políticas públicas, além do sentimento de preservação e pertencimento (grifo nosso) da população. Neste caso, cita-se como exemplos os ecomuseus, em especial o Ecomuseu do Maranguape (CE). Denise expôs sobre a Carta de Cabo Frio (1989), elaborada no encontro do Comitê brasileiro do ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), o Seminário Interamericano de Monumentos e Sítios Históricos, na cidade de Cabo Frio (RJ). Esta carta objetivava rever a História Americana, reconhecendo o papel das populações do continente, sobretudo àquelas existentes anteriormente à chegada dos europeus: os povos pré-colombianos, indígenas, aborígenes ou autóctones. Novos encontros de cultura deverão ser direcionados no sentido de respeito aos contextos patrimoniais locais.  A professora-orientadora Roselâine Casanova Corrêa, mencionou a Carta de Rio Grande - RS (2002), realizada na cidade de Rio Grande, durante o 8º Fórum Estadual de Museus, sob o tema “Museus e globalização”, também uma comemoração aos 30 anos da Mesa Redonda de Santiago do Chile. Na ocasião a professora mencionada esteve presente e a carta propôs a consulta à população para definir seus bens culturais móveis ou imóveis. O processo de preservação é complexo, por isso é necessário apropriar-se de métodos específicos e de novas técnicas disponíveis. Para o êxito de uma política de preservação é necessário o engajamento da comunidade. Acresenta-se que a Carta de Santiago do Chile não foi apresentada, pois as acadêmicas responsáveis não estivem presentes à reunião (Angélica e Juliana), sendo que a integrante do grupo de estudos Angélica Medianeira Roso, justificou sua ausência; a Carta de Brasília, de responsabilidade da aluna Gláucia não foi apresentada, pois a mesma não esteve presente. Por fim, foi proposto pela orientadora - professora Roselâine Casanova Corrêa – e aceito pelos presentes à reunião, que os integrantes do grupo de estudos “Patrimônio e Memória: casos de descasos” apresentarão trabalhos no X Encontro Estadual de História – ANPUH – RS, referente ao que está sendo tratado no grupo, que se reune mensalmente, desde 12/2009. Ficou como sugestões os seguintes temas para o XEEH: Denise e Tamiris – Praça das Merçês (São Sepé, RS); Ane e Angélica - Theatro Treze de Maio (Santa Maria, RS); Renato, Felipe e Daniela - Praça Internacional (Santana do Livramento, RS) ; Daiane - Casa de Memória Edmundo Cardoso (CMEC – Santa Maria, RS). Ficou marcada a próxima reunião do grupo para 12 de Maio de 2010, às 16h30, na sala 718, prédio 17, Conjunto III.
Bibliografia trabalhada:
SANTOS, Fausto Henrique dos. Metodologia aplicada a museus. São Paulo, SP: Mackenzie, 2000.
Acadêmicos presentes:
1. Ane Caroline Silveira
2. Daiane Silveira Rossi
3. Daniela Silveira
4. Denise Schimitt
5. Renato Cruz
6. Tamiris Carvalho
Mediadora:
Professora Orientadora do Grupo de Estudos: Roselâine Casanova Corrêa (Curso de História - UNIFRA).
Barcos de Cabo Frio - Artista pastico Wagener Bottaro




Um comentário:

  1. Oi Daine, fiquei te devendo a minha apresntação, aqui está:
    http://www.slideshare.net/anecaroline/carta-de-atenas

    Bjão*

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